Desassossego
Ando pelo mundo estorvado.
Estorvado dos amores platônicos
dos desejos desejados e não realizados
das utopias somente idealizadas e nada mais
daqueles que sonham solitariamente
daqueles que traem as suas utopias defendidas por anos a fio
dos olhares cansados e deprimidos
das mesmas caras, atitudes, repreensões
dos passeios sem rumo
dos caminhos a esmo
dos abismos sem fim
dos horóscopos confusos
das inquietações que não me deixam
desse mundo globalizado e complexo
dessa maldita ilusão que me prometeram
esse deus que puseram na minha cabeça sem eu pedir
esses políticos desalmados
esses pastores e padres e todo o seu discurso inverossímil
da felicidade que nunca chega
e dessa felicidade ilusória e descartável de que todos falam
de ter que dormir nos degraus da tristeza
de ter que lamentar pros outros a minha miséria atarantada
de ter que chorar pra ser visto
da televisão sempre ligada
dos livros nunca lidos
da dor que sempre exagera
do escapismo sempre recorrente
do consumismo desenfreado
das palavras que não dizem nada
das letras que estão a toa por aí, sem motivo aparente
desses párias que vagam pelo mundo sem destino
do cansaço do meu abandono
SAULO MARQUES
Estorvado dos amores platônicos
dos desejos desejados e não realizados
das utopias somente idealizadas e nada mais
daqueles que sonham solitariamente
daqueles que traem as suas utopias defendidas por anos a fio
dos olhares cansados e deprimidos
das mesmas caras, atitudes, repreensões
dos passeios sem rumo
dos caminhos a esmo
dos abismos sem fim
dos horóscopos confusos
das inquietações que não me deixam
desse mundo globalizado e complexo
dessa maldita ilusão que me prometeram
esse deus que puseram na minha cabeça sem eu pedir
esses políticos desalmados
esses pastores e padres e todo o seu discurso inverossímil
da felicidade que nunca chega
e dessa felicidade ilusória e descartável de que todos falam
de ter que dormir nos degraus da tristeza
de ter que lamentar pros outros a minha miséria atarantada
de ter que chorar pra ser visto
da televisão sempre ligada
dos livros nunca lidos
da dor que sempre exagera
do escapismo sempre recorrente
do consumismo desenfreado
das palavras que não dizem nada
das letras que estão a toa por aí, sem motivo aparente
desses párias que vagam pelo mundo sem destino
do cansaço do meu abandono
SAULO MARQUES
1 Comments:
Esse desassossego, essa inquietação, essa pertubação é do ser humano mesmo, quem não sentiu, vai sentir um dia, não tem como fugir disso mas podemos arrumar válvulas de escapes, atalhos, portos seguros, universos particulares...Para podemos amenizar ou mesmo retardar esses sentimentos que corroem nossa alma.
Tua poesia é impossível de não se identificar e isso é maravilhoso.
Abraço!
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